Taxidermia: O processo artístico dos exemplares do Museu


Há muitos anos, a taxidermia (palavra de origem grega, onde taxi significa forma e derma pele – a arte de dar forma à pele) foi incorporada nos meios científicos, museus e até em trabalhos realizados por amadores.
Esta prática “visa a conservação das peles dos animais e seu preenchimento com substâncias específicas [...] e é a condição técnica imprescindível para a ‘naturalização’ dos animais de forma duradoura.” (MADI, 2011, p. 5).
Desta forma, a mesma pode ser dividida em duas denominações e finalidades: a artística (onde a espécie é preparada para ser exposta, levando em consideração uma posição natural que remeta ao seus hábitos de vida) e a científica (onde o espécime é utilizado para pesquisas, mantendo-o distendido de forma longitudinal).

Mão-pelada (Procyon cancrivorus) um dos
primeiros exemplares taxidermizados.
Portanto, todos os grupos faunísticos existentes na coleção do museu, foram preparados de forma artística. Foi através da aprendizagem autônoma, que Irmão Luiz Godofredo Gartner desenvolveu, aprimorou e criou todo o acervo.
Assim sendo, esta coleção deve receber uma atenção diferenciada, pois é através da união ordenada de espécies que pode-se garantir a história e a conservação da biodiversidade de determinadas regiões.

Nota: É importante destacar que atualmente, de acordo com a legislação brasileira, é proibido o trabalho de taxidermia em animais silvestres (da fauna nacional), com exceção daqueles autorizados pelos órgãos oficiais.

Na próxima postagem, começaremos a conhecer mais detalhadamente as espécies do museu. Até lá!

Referência:

MADI, José Maurício Ismael Filho. O uso de animais taxidermizados como materiais de ensino em fins do século XIX e começo do XX. PUC – SP: 2011.

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