Plano Museológico
Há
alguns dias muito tem sido publicado, compartilhado nas redes sociais, e ainda,
e-mails, ligações sobre o Plano Museológico do Museu Irmão Luiz Godofredo
Gartner. Diante disto, algumas questões precisam ser esclarecidas.
Muito se fala em Plano Museológico, mas, o que ele é?
Para que serve? Por que o museu o tem?
Um
dos primeiros motivos que não pode ser ignorado é a legislação brasileira: a
lei 11.904 de 14 de fevereiro de 2009 que institui o Estatuto de Museu possui
uma seção para tratar do Plano Museológico, conforme determinam os seguintes
artigos:
Art. 44.
É dever dos museus elaborar e implementar o Plano Museológico.
Art.
45. O Plano Museológico é compreendido
como ferramenta básica de planejamento estratégico, de sentido global e
integrador, indispensável para a identificação da vocação da instituição
museológica para a definição, o ordenamento e a priorização dos objetivos e das
ações de cada uma de suas áreas de funcionamento, bem como fundamenta a criação
ou a fusão de museus, constituindo instrumento fundamental para a
sistematização do trabalho interno e para a atuação dos museus na sociedade.
Ou
seja, em um primeiro momento a produção de um plano museológico visa cumprir a
legislação vigente no campo museal. Mas, apenas com este propósito tal
documento não teria sentido, desta forma, muito além de uma “obrigação” o plano
museológico é uma ferramenta de planejamento e gestão essencial e norteadora.
Necessariamente
em si o plano não é uma ação, mas, a partir dele emanam ações para o museu, a
curto, médio e longo prazo, de acordo com a definição de cada programa e
respectivos projetos de acordo com as prioridades que as condições e os
bastidores do museu evidenciam.
Sim,
ter um plano museológico é essencial, mas, sua utilidade se limita a prática
daquilo que nele está escrito. A direção do Museu sempre teve noção da
importância deste documento e da necessidade de fazê-lo, mas, os projetos e
ações no Museu sempre esbarram em situações financeiras e por vezes demoram a
acontecer, mas, acontecem, como o plano museológico, que ficou pronto no prazo
imposto pela lei, mas, acima de tudo no tempo da instituição.
Para
elaboração do plano museológico a equipe do Museu contou com o acessoria da
empresa Tríscele, pois, o mesmo deve ser elaborado “preferencialmente, de forma participativa, envolvendo o conjunto dos
funcionários dos museus, além de especialistas, parceiros sociais, usuários e
consultores externos, levadas em conta suas especificidades”. Ou seja,
o Plano Museológico é uma produção coletiva, não existe um único autor, ou um
único responsável que aqui está ou aqui esteve, o que existe são pessoas que
trabalham, lutam e idealizam em prol do Museu, algo que está refletido no plano.
A
conquista de ter um plano museológico é sem dúvida motivo de orgulho para
aqueles que participaram ativamente de sua efetivação. Este plano não é um ponto
final, ele é apenas o inicio de uma frase, ainda há pela frente muito a se
fazer, pois, a maior satisfação estará no momento em que este documento for
avaliado e revisado podendo ser elencados as metas e projetos alcançados. O
plano foi elaborado, agora precisa ser implementado!
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